Rega inteligente com o Ecossistema TI-Nspire™ CX: “Os alunos veem utilidade na Matemática”
A motivação e entusiasmo dos alunos foram os motores da implementação do projeto de Rega Inteligente com o Ecossistema TI-Nspire™ CX pela professora Olga Pestana, docente de Matemática, na Escola Secundária de Molelos, em Tondela.
“Desde 2020 que implemento pequenos projetos na escola: coloco os alunos a escreverem pequenos programas para desenhar polígonos, analisar ângulos, a trabalhar com o teorema de Pitágoras”, recorda a professora, que trabalha com o TI-Innovator™ Rover desde 2020.
A semente para o projeto da rega inteligente ficou depois de um workshop sobre Python
No ano letivo 2020/2021 o professor Alexandre Gomes foi convidado pela professora Olga para dar um workshop sobre linguagem de programação Python, para o ensino secundário. Foi assim que foi lançada a primeira semente para o projeto que se viria a concretizar meses mais tarde com uma turma do 11º ano da Escola Secundária de Molelos. “Foi nesse momento que conhecemos o kit de rega. Percebi que os alunos ficaram muito entusiasmados com a ideia de colocar o projeto de rega a funcionar nos espaços verdes da escola”, recorda a docente de Matemática. Conhecer outros projetos e entender a sua aplicabilidade ajudou no processo: “entusiasmaram-se quando ouviram o Alexandre a dizer que ele e os seus alunos iam à NASA”.
Com a luz verde da direção e o apoio da Texas Instruments, através do Programa de Empréstimo, o projeto avançou em setembro de 2021.
No caminho, envolveram-se outras áreas curriculares
Com uma sementeira, o kit de rega, o TI-Innovator™ Hub, TI-Innovator™ Rover e o
software da Calculadora Gráfica TI-Nspire™ CX II-T estavam reunidos
alguns dos principais elementos para que o projeto fosse um sucesso. Mas foi a
disponibilidade da professora Olga e de outros colegas de outras áreas
curriculares que levaram este projeto a um outro nível de
multidisciplinaridade. “Tive que dispender um total de oito aulas para
conseguir implementar o projeto do início ao fim, mais algumas aulas de
outros colegas, de Biologia, Cidadania, Filosofia e de Inglês”.
Trabalhando em modalidade de projeto interdisciplinar, “A abordagem aos conteúdos é completamente diferente. É mais eficaz: precisamos de menos tempo, rentabiliza muito mais e
os alunos estão motivados. Ficam muito envolvidos.
Há uma interação mais saudável. A tecnologia na
sala de aula faz muita diferença”, refere.
Em todas as etapas, um elemento comum: o entusiasmo dos alunos
“O problema base foi a seca em África - os alunos fizeram pesquisa e elaboraram trabalhos para cada uma das disciplinas”, conta Olga Pestana. “[Em Matemática], a turma foi dividida em pequenos grupos e os alunos começaram por escrever os programas em TI-Basic na calculadora. Uns trabalharam com os sensores de luz, outros com a bomba de água, outros com os sensores de temperatura e humidade do ar. Foi por aí que começámos”, refere a docente.
De seguida, foram feitos alguns testes, nomeadamente teste da bomba de água: “foi muito interessante para os alunos ver as várias velocidades da água e medir a capacidade do caudal”.
Fazia sentido, no entanto, colocar em prática as aprendizagens que a própria professora Olga adquiria paralelamente: “comecei a querer passar os pequeninos programas de Basic para Python. Esta linguagem “é fácil e acessível para toda a gente, principalmente aos alunos.
Para a professora não há dúvidas sobre o fator-chave para manter o entusiasmo dos alunos por aprender este tipo de linguagem de programação: “É o fator surpresa. É a primeira vez que vêm algo muito concreto, veem utilidade na Matemática”.
Olhar no futuro e na tecnologia
O projeto da rega inteligente foi um sucesso, mas já há alguns
outros em preparação e outros tantos a serem imaginados.
“Porque não pôr o Rover ao nosso serviço?”,
questiona a docente que se diz muito desafiada, no bom sentido, pelos alunos.
“Se se deixasse de usar a calculadora na sala de aula, os alunos
perderiam a oportunidade de contactar com a tecnologia e de resolver os
problemas de uma forma mais atrativa, comparado com o lápis e papel.
Temos que andar para a frente, deve-se promover mais a
utilização de calculadora na sala de aula.
As novas profissões exigem isso”.
A Texas Instruments tem permitido o contacto com a tecnologia e programação de forma simples na sala de aula e, na opinião da professora Olga Pestana é uma grande vantagem. “Vem aí um programa de Matemática direcionado para o pensamento computacional e acho que já estamos um bocado à frente nesse aspeto”, remata Olga Pestana, confidenciando que talvez haja a possibilidade de avançar com um laboratório de robótica na escola.
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